O que é o conceito de phygital e o que ele representa para as campanhas de incentivo?
19 de dez de 2024
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Você já se perguntou como o mundo físico e o digital podem trabalhar juntos para criar experiências únicas para seu time, clientes e parceiros? Então siga neste artigo para não perder uma tendência que está transformando o marketing.
O conceito de phygital tem ganhado força e promete revolucionar a forma como as marcas se conectam com seus públicos, seja nas lojas, nas campanhas de incentivo ou nas ações de marketing. Vamos entender o que é isso e como pode beneficiar as suas estratégias!
A origem do termo phygital
Esse conceito foi criado em 2007 por Chris Weil, CEO da agência australiana Momentum Worldwide. O phygital vai além de uma simples trend. Ele descreve a conexão entre os ambientes físicos e os espaços virtuais que frequentamos.
Mas como esse mix de "físico" e "digital" surgiu e o que ele realmente representa para os negócios? Como ele vem transformando a forma como as marcas se conectam com as pessoas?
Trânsito livre e fluido entre o físico e o digital
A sacada do phygital está em criar uma experiência sem interrupções entre o físico e o digital. O conceito vai além de estratégias tradicionais, permitindo que as pessoas se movimentem livremente entre o mundo real e o virtual, sem perder a conexão com a marca.
Seja comprando pelo smartphone e retirando na loja ou testando produtos com realidade aumentada (AR) antes de decidir a compra, as possibilidades são praticamente infinitas.
Embora o termo pareça ter nascido com a geração millennial, o conceito por trás dele não é novidade. Ele é, na verdade, a fusão perfeita de dois mundos que antes pareciam opostos.
Em vez de estratégias isoladas, as marcas estão apostando em uma abordagem unificada phygital, criando experiências digitais imersivas, independentemente de onde o público escolha interagir.
Exemplos práticos de phygital
O conceito phygital não está apenas mudando a forma como consumimos, mas também criando novas formas de interação entre as marcas e seus públicos.
Totens de autoatendimento
Os totens de autoatendimento estão se tornando uma presença quase obrigatória em lojas físicas. Eles simplificam o processo de compra e permitem que os consumidores façam pedidos, paguem e até personalizem seus produtos de maneira rápida e sem precisar de interação direta com um atendente.
Esse recurso vai muito além de ser uma conveniência. Os totens podem coletar dados de interação, oferecer recomendações com base em compras anteriores e até mesmo sugerir produtos complementares – tudo de forma integrada, criando uma jornada phygital sem interrupções.
Realidade virtual
A realidade virtual (VR) está expandindo as fronteiras do que consideramos possível em termos de imersão digital. A VR tem se mostrado uma ferramenta significativa para empresas que buscam criar experiências únicas e inesquecíveis.
Marcas do setor imobiliário, por exemplo, têm utilizado a VR para oferecer "tours virtuais" por imóveis. O recurso também tem sido usado em feiras de tecnologia, automóveis e até em lojas de roupas, onde o cliente pode "experimentar" o produto sem tocá-lo fisicamente.
Realidade aumentada
Se a realidade virtual nos transporta o físico para um ambiente digital, a Realidade Aumentada (AR) traz o digital para o nosso mundo físico. Essa tecnologia tem sido uma das grandes aliadas de marcas que querem criar experiências interativas e dinâmicas para seus consumidores.
Lojas de roupas, por exemplo, agora oferecem provadores virtuais onde é possível "experimentar" roupas de forma digital usando o celular ou dispositivos AR dentro da loja, sem sequer precisar entrar no provador.
O uso da AR pode transformar a forma como interagimos com os produtos e oferece uma experiência de compra mais próxima do "mundo real", mas com o benefício da conveniência digital. E o melhor: ela pode ser usada tanto no ambiente físico quanto no digital, criando uma sinergia phygital imbatível.
Personalização avançada
Com o uso de tecnologias como inteligência artificial e análise de dados, a personalização das experiências de compra nunca foi tão precisa. As marcas estão cada vez mais adaptando suas ofertas para o consumidor, tanto no digital quanto no físico.
A personalização não é mais apenas sobre sugerir um produto com base no histórico de compras. Hoje, a experiência é totalmente moldada pelo comportamento do usuário, pela localização e até mesmo pelo contexto em que ele está inserido.
Na prática, isso pode significar desde uma loja física que reconhece o cliente ao entrar e oferece descontos baseados nas suas compras anteriores, até um site de e-commerce que sugere produtos com base na interação do usuário com a página, com uma precisão impressionante.
Comércio sem contato (Touchless Commerce)
A pandemia acelerou um movimento que já vinha se desenhando no setor de varejo: o comércio sem contato. Com o medo do contágio, consumidores começaram a adotar métodos mais seguros de pagamento, como pagamentos móveis, self-checkouts e até compras com reconhecimento facial.
Segundo uma pesquisa da National Retail Association, 52% dos consumidores afirmam que a conveniência é um dos fatores principais para influenciar suas decisões de compra, e, com isso, o touchless commerce veio para ficar. A tendência não só facilita o processo de compra, como também garante mais segurança e agilidade.
Podemos ver exemplos disso em supermercados, farmácias e até nas lojas de roupas. São opções como pagamentos via QR Code, uso de aplicativos para escanear produtos e pagar diretamente pelo celular, e totens de autoatendimento.
Inovações em experiências de compra
No varejo, a tecnologia está transformando a maneira como as marcas interagem com seus clientes. Desde espelhos inteligentes que mostram como você ficaria com uma roupa diferente, até assistentes de voz que ajudam a escolher o melhor produto.
Sustentabilidade e responsabilidade social
O consumidor está cada vez mais exigente quanto à postura das marcas em relação à sustentabilidade e responsabilidade social. Por isso, muitas empresas estão adotando práticas phygital para integrar esses valores em suas experiências de compra.
Isso pode incluir desde embalagens eco-friendly, que podem ser escaneadas para verificar a quantidade de material reciclável, até a criação de programas de doação atrelados a compras feitas online ou em lojas físicas.
Experiências de entretenimento híbridas
O phygital também está invadindo o setor de entretenimento. Eventos ao vivo, como shows e festivais, passaram a incorporar elementos digitais para alcançar públicos globais e oferecer experiências mais imersivas.
Durante a pandemia, isso foi mais evidente, com shows transmitidos ao vivo, experiências interativas e até eventos virtuais que ofereciam uma combinação de momentos físicos e digitais.
Cases de sucesso de phygital: como grandes marcas estão integrando o mundo digital e físico
O conceito de phygital não é mais uma tendência, mas uma realidade para muitas marcas que estão transformando a experiência do cliente em um misto de digital e físico. Empresas como Nike, Amazon, Starbucks e outras estão se destacando, mostrando que integrar essas duas esferas pode melhorar não só a experiência do consumidor, mas também os resultados da marca.
Nike - personalização e conforto no shopping físico
A Nike levou a integração phygital a um nível impressionante em suas lojas de Nova York. Lá, os clientes podem escanear um produto com seu celular e solicitar que ele seja entregue diretamente ao seu provador. A experiência vai além, com um checkout móvel rápido, evitando filas e proporcionando um serviço sem fricções.
O número de clientes que abandonam o checkout físico para optar por uma experiência mais ágil é crescente, e isso se traduz em um aumento nas conversões.